sexta-feira, 18 de junho de 2010

O caso do professor de inglês

Vendo e lembrando alguns romances rápidos de suas amigas, ela percebeu que por mais que tivesse tido muito desses romances que nem viram a página seguinte, ela nunca passou por alguns interessantes como o de suas amigas.

Ela nunca teve um caso com um homem casado, nem com o chefe. Nunca ficou com o namorado da amiga, nem com o barman da balada. Nem o colega de trabalho (só trabalhou com mulheres e gays, incrivelmente), nem com o melhor amigo do cara que costumava sair antes. Não houve o irmão incrível da melhor amiga, nem sequer um vizinho de prédio.

Mas, teve apenas um caso que todas as amigas pararam para ouvir.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Felicidade é

É poder cantar aquela música ridícula bem alto
Olhar pro lado e abaçar uma pessoa que você nem conhece
Tomar aquele vinho vagabundo
E no dia seguinte
Aguentar a velha conhecida ressaca

É sair por aí dirigindo sem rumo
Se perder de proprósito
Conhecer ruas lindas
Lugares horríveis
E depois reclamar que teve que encher o tanque duas vezes esse mês

É comer aquele potinho honesto de sorvete
com uma colheradona de brigadeiro e outra de beijinho
Depois se matar na academia
Uma hora de corrida
Chegar morta de fome em casa
E comer mais um pouquinho de sorvete e brigadeiro

É esperar quinze dias acabarem
Ler livros, assistir filmes, comer, dormir
Ver a vida passar tentando sufocar a saudade
Até ver um avião qualquer pousar no dia certo
E ver a pessoa que tanto esperava tão cansada que nem aguenta conversar com você

Mas e se não fosse assim?
E se o vinho não fizesse mal?
E se a gasolinha não acabasse mais?
E se o sorvete com brigadeiro e beijinho não engordasse?
E se o amor da sua vida não voltasse nunca mais?

Ia ser felicidade?

segunda-feira, 15 de março de 2010

Click

Sabe quando o cenário é tão perfeito que você queria que aquilo tudo virasse retrato?
A caipirinha de morango, o pé na areia, o mar verde e o céu azul. O sol. O amor do seu lado. As mão dadas.

Realidade

Ela não queria ouvir eu te amo
Queria que ele agisse como tal
E o querer era tanto
que parecia dor

Ela queria ser amada
Mas, o amor a deixava pela metade
E a dor era tanta
que se transformava em ansiedade

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Maturidade da risada

Dia desses fiquei observando umas mulheres mais velhas rindo
Era um papo descontraído, falavam coisas cotidianas, receitas, jantares, família
E as risadas, que gostosas! Eram sons que traduziam a satisfação de tudo isso, a calma de viver cada momento desses. Suaves.
E eu olhei para mim. Pensei em mim e na minha risada juvenil
Ela é quase uma ofensa. É um grito desesperado.
É um querer mostrar para o mundo a minha felicidade do momento.
Ou esconder toda a decepção.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

no seguro campo da insegurança

Ela vai e volta. Como sempre tem sido.

Mesmo quando eu nem sabia que tinha isso. Mesmo quando nem sabia se era bonita ou feia. Se estava no alto ou no baixo.

Ela esteve o tempo todo comigo.

Ao contrário do esperado, ela não impede de fazer algo. Ela impulsiona. Dá forças para alguma insanidade e alimenta tudo isso.

E consome.

Vai consumindo até me explodir. Explodir para o mundo.

Até receber de volta uma verdade.

Uma mentira, para ser mais fácil deixá-la ir embora.

Para que seja mais fácil construir meu conto de fadas.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

o mais triste de tudo

é não se inspirar com a felicidade.